terça-feira, 2 de novembro de 2010

TRIBUTO A UM CÃO

" ... O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade, é o cão".
" Senhores jurados, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente. Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará à mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as  dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo.
Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe. Quando todos os amigos o abandonarem, o cão permanecerá. Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante em seu amor como o Sol na sua jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protegê-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos. E quando a última cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e seu corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os amigos sigam seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes mas em atenta observação, fé e confiança mesmo à morte".





 Este tributo foi apresentado ao júri pelo ex-senador George G. Vest, que representou o proprietário de um cão morto a tiros, propositadamente, pelo vizinho.
O senador ganhou o caso e hoje existe uma estátua do cão na cidade.
O fato ocorreu há um século na cidade Warrensburg, Missiouri, nos Estados Unidos da América.